Organizadoras e organizador:
Andrea Rabinovici
Cristina Souza Freire Nordi
Elisa Hardt
Leonardo Querobim Yokoyama
Mirian Chieko Shinzato
Um dos grandes desafios para compreender e trabalhar com questões socioambientais está relacionado a sua complexidade e, portanto, a necessidade de usarmos recursos cognitivos, muitas vezes sofisticados e que demandam um determinado grau de escolarização, o que, no caso do Brasil, um país com muitas desigualdades sociais, torna a discussão sobre meio ambiente elitizada. Além da escolarização, podem influenciar o debate, questões emocionais e ideológicas, as quais, comumente, interferem no entendimento e nas ações decorrentes, incluindo aí a apatia e a paralisia causadas por diversos motivos, entre eles a grandiosidade dos problemas e seu caráter apocalíptico, o excesso de informação e a polarização existente em torno de alguns temas. Esta complexidade da questão socioambiental torna os problemas e seus contextos ininteligíveis para uma parte da população, em especial para aqueles que, mesmo tendo conhecimento teórico delas, ainda não sentiram na própria pele, os efeitos da crise ambiental, já percebidos por muitas pessoas, conforme suas realidades diversificadas, como por exemplo, os impactos das mudanças climáticas.
