Formato: ebook/PDF
ISBN978-65-5376-252-7

DOI: 10.36599/qped-978-65-5376-252-7

ANO: 2023

MORTALIDADE MATERNA DE MULHERES NEGRAS NO BRASIL: UMA VIOLAÇÃO DO DIREITO HUMANO À SAÚDE?

AUTORES

 

JOELMARA FURTADO DOS SANTOS PEREIRA

EVANDRO COSTA PEREIRA

RAFAELA DUAILIBE SOARES

MARCOS RONAD MOTA CAVALCANTE

INGRID DE CAMPOS ALBUQUERQUE

MAYRA SHARLENNE MORAES ARAÚJO

LUCIANE SOUSA PESSOA CARDOSO

 

COAUTORES

 

TÁLISON TAYLON DINIZ FERREIRA

EDUARDA GOMES BOGEA

SÂMARA LETÍCIA SILVA DE LIMA

LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE

WYLLYANE RAYANA CHAVES CARVALHO

 

A Mortalidade Materna (MM) é definida pela morte de mulheres durante a gestação, parto ou puerpério, podendo ser relacionada a causas obstétricas diretas ou indiretas (FERRAZ; BORDIGNON, 2012; FARIA et al., 2021). No Brasil, a razão de mortalidade materna (RMM) demonstrou crescimento significativo durante a pandemia da Covid-19, correspondendo a um aumento de 94% das mortes. Nos últimos anos, o país tem feito esforços para melhorar esse indicador, todavia, os dados atuais alertam para a gravidade do problema e para a necessidade de maior investimento em saúde materna (BRASIL, 2023). Nessa vertente, dados do Ministério da Saúde revelam que em 2021, a RMM alcançou 107.53 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Em 2019, a razão era de 55.31 a cada 100 mil

nascidos vivos. Em 2020, foi de 71.97 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, o que representou um acréscimo cerca de 25% em relação ao ano anterior. Ressalta-se que o Brasil, tem por meta, reduzir a RMM para no máximo 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, até 2030. Essa proposta desafiadora faz parte da agenda de compromissos firmados pelo Brasil e outros países com as Nações Unidas, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (BRASIL, 2023).