JANAÍNA MUNIZ DA SILVA
Desde os primórdios da exploração da mão-de-obra negra nas Américas, pelo colonizador europeu, as mulheres têm exercido um papel decisivo na resistência às mais variadas violações - e mantiveram constante o seu protagonismo na luta por melhores condições de vida, também no pós-abolição. É neste difícil contexto que identificamos, de maneira decisiva, o avanço do trabalho informal nas grandes cidades brasileiras, que se outrora era desenvolvido em caráter eventual ou por um pequeno
grupo de negros libertos e “escravos de ganho”, passaria, no final do século XIX, a se tornar o meio de vida do enorme contingente de homens e mulheres desempregados do país.