Pedro Henrique Batista de Barros
A teoria clássica do desenvolvimento econômico se estabeleceu durante a década de 1940 e 1950, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Ela foi influenciada inicialmente pela Revolução Keynesiana que, ao demonstrar a inaplicabilidade das técnicas ortodoxas da época para explicar e contornar o substancial subemprego de capital humano e físico durante a Grande Recessão, incentivou questionamentos semelhantes voltados às áreas subdesenvolvidas, dominadas por subemprego rural (Hirschman, 1981; Bianchi, 2007). De fato, Meier (1984) ressalta que a excessiva ênfase dada pelos pioneiros na acumulação de capital, industrialização e no planejamento centralizado remontam ao arcabouço Keynesiano; a necessidade de um crescimento equilibrado, como defendido por Nurkse (1953) e Rosenstein-Rodan (1943; 1963), por exemplo, podem ser enquadrados nesse contexto.
